Vitória Vence, Sport Cai: Sétima Derrota e Tabu de Seis Anos na Série A

A Ilha do Retiro foi palco, neste domingo, de mais um revés amargo para o Sport Club do Recife. Pela 33ª rodada da Série A, o time da casa sucumbiu por 3 a 1 diante do Vitória, aprofundando uma sequência desfavorável que agora contabiliza sete derrotas consecutivas. Mais do que um resultado isolado, o placar consolidou um tabu histórico: o Leão pernambucano não supera seu homônimo baiano há longos seis anos, um período marcado por quatro derrotas e três empates. Diante de um público escasso, pouco mais de três mil torcedores, onde a voz da torcida visitante se fazia mais presente, o ambiente era de visível descontentamento e manifestações de protesto.

Desde os primeiros instantes, a equipe do Vitória demonstrou uma intensidade notável, impondo seu ritmo e cerceando qualquer iniciativa do Sport. Em meros dez minutos de partida, os visitantes já haviam construído oportunidades cristalinas de gol, com investidas de Baralha, Cantalapiedra, Erick e Ronald, estabelecendo um domínio sufocante em pleno território adversário.

A superioridade rubro-negra baiana rapidamente se traduziu em gols. Aos 13 minutos, um lance infeliz para a defesa pernambucana resultou na abertura do placar: após finalização de Baralhas da entrada da área, Luan Cândido, em uma tentativa de corte de cabeça, desviou a trajetória da bola, surpreendendo o goleiro Caíque França, que ficou sem reação. Apenas dois minutos depois, aos 15, o Vitória ampliou sua vantagem. Cantalapiedra, recebendo um lançamento preciso no segundo pau, concluiu de primeira, consolidando a vantagem visitante.

Em contraste, a produção ofensiva do Sport foi pífia. A única ameaça concreta ao gol adversário surgiu de um arremate de longa distância de Léo Pereira, neutralizado por Thiago Couto. O gol de honra pernambucano, aos 29 minutos, representou o ápice de sua rara articulação: Matheuzinho avançou pela linha de fundo e serviu Pablo, que finalizou com precisão no canto, reduzindo o placar para 2 a 1.

Vitória Implacável: A Dominância Rubro-Negra no Primeiro Tempo

O roteiro do segundo tempo espelhou o da etapa inicial: o Vitória necessitou de poucos minutos para novamente ampliar o marcador. Aos 5 minutos, Renato Kayzer, recém-introduzido na partida, protagonizou uma jogada individual incisiva, partindo da direita para o centro e finalizando. A bola, após desviar em Rafael Thyere, alterou sua trajetória e enganou Caíque França, culminando no terceiro gol baiano e no placar de 3 a 1.

Com a vantagem ampliada, o Leão baiano manteve a iniciativa ofensiva, gerando novas oportunidades: Cantalapiedra arriscou de longa distância, Camutanga ameaçou em cobrança de falta e Ronald chegou a acertar a trave. O Sport, por sua vez, mostrou-se incapaz de qualquer reação significativa, limitando-se a observar o adversário gerenciar o resultado e a escutar o irônico coro entoado pelos torcedores visitantes:

A Ilha do Retiro virou o Barradão!

A Confirmação da Superioridade e o Eco dos Protestos

Ao término do confronto, o zagueiro Rafael Thyere expressou o sentimento que pairava no ar:

Momento difícil. O Sport é gigante e precisa planejar muito melhor 2026. Vamos jogar pela dignidade.

A declaração de Thyere ressoa como um alerta e um pedido por um futuro mais promissor. A sétima derrota consecutiva e a incapacidade de superar um tabu de seis anos não são meros números; são sintomas de uma necessidade premente de reestruturação profunda. Enquanto o Vitória celebra uma vitória que reforça sua campanha e sua identidade, o Sport se vê diante de um espelho que reflete um caminho árduo e a urgência de um planejamento estratégico que vá além da temporada atual, visando a recuperação de sua grandeza e dignidade.

O Futuro do Sport: Dignidade e Reconstrução Urgente