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Vitória: 70% dos Gols Sofridos na Série A Vêm do Alto – Entenda a Fragilidade Aérea do Leão
Por Redação FutVitória em 05/08/2025 04:16
O gol de José Manuel López, de cabeça, aos 40 minutos do segundo tempo contra o Palmeiras, foi um duro lembrete das fragilidades defensivas do Vitória. Após construir uma vantagem de dois gols, o Leão viu o adversário igualar o placar com uma cabeçada de Flaco López, evidenciando um padrão preocupante. Este lance não apenas engrossou a lista de gols sofridos nos minutos finais das partidas, mas também ressaltou uma vulnerabilidade crítica: a defesa de bolas aéreas.
De fato, quando se analisa o desempenho proporcional na contenção de jogadas pelo alto, o Rubro-Negro apresenta o pior retrospecto entre todas as equipes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro.
Dados levantados pelo Gato Mestre revelam que, dos vinte gols sofridos pelo Vitória na competição, impressionantes quatorze tiveram sua origem em lances aéreos. Essa proporção de 70% é a mais elevada entre os vinte clubes da elite nacional. A metodologia empregada na pesquisa abrange jogadas em que a bola se eleva, como cruzamentos, lançamentos e levantamentos, independentemente de a assistência ter sido diretamente aérea.
Vulnerabilidade Aérea: Os Números Preocupantes do Leão
A tabela a seguir ilustra a dimensão desse problema, posicionando o Vitória no topo da lista das equipes mais suscetíveis a gols de cabeça ou em jogadas pelo alto no cenário do futebol brasileiro.
Time | Gols sofridos | Gols sofridos em bolas aéreas | Média |
---|---|---|---|
Vitória | 20 | 14 | 70% |
Ceará | 17 | 11 | 65% |
Sport | 25 | 16 | 64% |
Mirassol | 16 | 10 | 63% |
Vasco | 23 | 14 | 61% |
Fluminense | 20 | 12 | 60% |
Bragantino | 22 | 13 | 59% |
Atlético-MG | 17 | 10 | 59% |
Cruzeiro | 11 | 6 | 55% |
Bahia | 13 | 7 | 54% |
Grêmio | 23 | 12 | 52% |
Botafogo | 10 | 5 | 50% |
Corinthians | 21 | 10 | 48% |
Internacional | 22 | 10 | 45% |
Flamengo | 7 | 3 | 43% |
Palmeiras | 14 | 6 | 43% |
Juventude | 32 | 12 | 38% |
Fortaleza | 24 | 8 | 33% |
São Paulo | 20 | 6 | 30% |
Santos | 21 | 5 | 24% |
No confronto contra o Palmeiras, o gol de Flaco López, que resultou em uma cabeçada certeira, ocorreu com Zé Marcos em uma posição isolada entre o atacante e Facundo Torres. A equipe sofreu nove finalizações dentro da área adversária, e um terço delas (três) aconteceram após os 35 minutos do segundo tempo, momento em que o técnico Fábio Carille optou por uma formação com três zagueiros para defender.
O Padrão Persistente na Era Carille
Desde a 13ª rodada, que marcou o início do trabalho de Fábio Carille no comando técnico, as jogadas de bola aérea têm sido uma recorrente fonte de preocupação para o Rubro-Negro. Dos seis gols sofridos pela equipe sob a gestão do treinador, quatro deles (equivalente a 67%) foram provenientes dessa forma, uma proporção que se assemelha à média geral da equipe na competição.
No duelo contra o Internacional, Bruno Tabata marcou um belo gol após um afastamento deficiente de Baralhas em um cruzamento. Apesar de ter conseguido manter a meta inviolável em duas partidas seguintes, contra Botafogo e Bragantino, a defesa do Vitória foi vazada novamente duas vezes por jogadas pelo alto no embate contra o Sport. Por fim, a cabeçada de Flaco López apenas atualizou essa contagem incômoda.
O agravamento da fragilidade do Rubro-Negro em lances aéreos tem sido particularmente evidente em cenários específicos. Tanto contra o Bragantino quanto diante do Palmeiras, a decisão de recuar as linhas defensivas expôs o time a um número excessivo de ameaças pelo alto. A diferença crucial foi que, enquanto a equipe do interior paulista não conseguiu converter essas oportunidades em empate, o time da capital paulista obteve sucesso em igualar o placar.
Desafios à Frente e a Necessidade de Ajustes
Com uma semana completa de preparação à disposição, o Vitória tem agora a oportunidade crucial de corrigir os erros defensivos e se preparar para o próximo compromisso. O confronto pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro será contra o São Paulo, no Morumbis, no próximo sábado, com a bola rolando às 18h30 (horário de Brasília). A capacidade de mitigar essa vulnerabilidade aérea será determinante para o Leão em suas aspirações na competição.
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