Osvaldo do Vitória Abre o Jogo: Carreira, Vida Pessoal e Bastidores do Leão

Uma perspectiva singular sobre a carreira e a intimidade de um atleta profissional foi revelada em um formato pouco convencional. Em uma iniciativa especial, pequenos torcedores do Vitória assumiram o papel de entrevistadores no quadro "Repórter Mirim", proporcionando um diálogo franco e descontraído com Osvaldo. O atacante, figura central no elenco atual do Leão, ofereceu um panorama de sua trajetória, expondo facetas que vão muito além dos gramados.

A presença de Osvaldo no Vitória , iniciada em 2023, já se traduz em conquistas significativas, como o título da Série B daquele ano e o Campeonato Baiano de 2024. Sua resiliência, contudo, foi testada em setembro de 2024, quando um diagnóstico de trombose o afastou temporariamente. O retorno aos campos em janeiro deste ano não apenas demonstrou sua capacidade de superação, mas também reafirmou seu valor para o clube, tornando-o um interlocutor ainda mais relevante para as curiosidades infantis.

Da Infância aos Gigantes: Os Ídolos e Adversários de uma Carreira Marcante

Questionado sobre suas referências no esporte, Osvaldo rememorou seus primeiros anos de admiração. "Meu preferido era o Ronaldo Fenômeno, que eu acompanhei bastante. Era uma referência para mim, um dos maiores de todos os tempos", afirmou o jogador, antes de citar os expoentes contemporâneos. "Hoje tem vários que eu gosto: Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi acho que são os caras que eu admiro muito."

A discussão sobre os grandes nomes do futebol se estendeu aos campos onde ele atuou. Sobre os adversários mais desafiadores, o atacante foi enfático: "Contra, acho que foi o Neymar, o melhor que eu já enfrentei." Quando a pergunta se voltou para os companheiros de equipe, a resposta trouxe um ícone do esporte mundial: "E com, acho que foi o Ronaldinho Gaúcho. Muito bom também."

A figura do treinador, essencial na formação e desempenho de um atleta, também foi abordada. Osvaldo mencionou as dificuldades impostas por alguns comandantes e a influência de outros em sua carreira. "Tem vários, acho que o Renato Gaúcho. É um bom treinador, multicampeão, um dos grandes que eu já enfrentei", disse ele sobre os desafios. Já o técnico mais marcante foi outro gigante do futebol brasileiro. "Acho que foi o Muricy Ramalho. Multicampeão no São Paulo, um cara referência, campeão por onde passou. Eu aprendi muito com ele em minha carreira, com certeza um dos maiores que eu já trabalhei."

A seguir, um resumo das principais figuras mencionadas por Osvaldo em sua trajetória:

Bastidores do Leão: A Atmosfera do Barradão e o Dia a Dia no Clube

A paixão pelo Vitória se manifesta intensamente no Barradão, e Osvaldo descreveu a emoção de entrar em campo. "Sinto um friozinho na barriga antes de entrar no campo. Entrar no Barradão é diferente, a atmosfera é muito boa. É um privilégio jogar pelo Vitória ", confessou, revelando a conexão visceral com o ambiente rubro-negro.

O ambiente do vestiário e a personalidade dos companheiros também vieram à tona. O atacante apontou Bruno Cortêz, de sua passagem pelo São Paulo, como o jogador mais "resenha" com quem já atuou. No atual elenco do Vitória, a diversidade de temperamentos foi destacada: "Kayzer é mais tranquilo, mais sério. Um profissional muito dedicado. Mas também resenha quando tem que resenhar. O Erick é da resenha, gosta muito da resenha. Willian Oliveira também brinca bastante. São caras que alegram nosso ambiente."

Ainda sobre os desafios recentes, Osvaldo aproveitou para esclarecer a natureza de sua recuperação. "Foi um problema que eu tive, mas graças a Deus eu não precisei fazer cirurgia. Só o tratamento mesmo, com medicamentos. Graças a Deus estou bem, feliz, 100% para ajudar nosso Leão a vencer e conseguir os objetivos", detalhou, dissipando dúvidas sobre seu estado de saúde.

A história do Vitória , rica em grandes nomes, também foi tema. Questionado sobre o melhor jogador que já vestiu a camisa rubro-negra, Osvaldo não hesitou. "Passaram vários caras feras. Acho que um que fez história foi o Bebeto, prata da casa, campeão pela seleção brasileira. É um cara que ganhou tudo e até hoje é ídolo, está entre os grandes que passaram pelo Vitória ", homenageou o atacante.

Além dos Gramados: A Vida Pessoal e Hábitos do 'Vovô' Rubro-Negro

A curiosidade infantil desvendou até mesmo a origem do apelido carinhoso "Vovô". "Por causa da idade, tenho 38 anos. No futebol falam que já é idade avançada. Acho que é um carinho também, um apelido carinhoso que a torcida colocou em mim. Eu gosto de ser chamado de vovô", explicou Osvaldo , mostrando aceitação e apreço pela alcunha.

Em um momento de descontração, a pergunta sobre o consumo de bebidas alcoólicas foi feita. A resposta de Osvaldo revelou um perfil disciplinado e familiar. "Não. Desde sempre me cuidei bastante. Hoje em dia eu bebo um pouquinho de vinho com minha esposa, alguns amigos. Mas não bebo gelada, não ando em bar, sou um cara mais família", afirmou, ressaltando sua prioridade pela vida pessoal.

Seu tempo livre é dedicado primordialmente à família. "Então, nas folgas eu procuro aproveitar minha família. Sou pai de dois filhos, Bernardo de 11 anos e Luiza de seis anos. Tenho uma esposa, então geralmente nas folgas eu procuro viajar com eles, sair um pouco dessa rotina de treino. É o que eu mais gosto de fazer", compartilhou, pintando um retrato de um atleta que valoriza o convívio doméstico.

A rotina alimentar pré-jogo, crucial para o desempenho, também foi detalhada. "A gente tem uma alimentação definida, no vestiário a gente toma nossa suplementação, que ajuda a resistir durante a partida", explicou. Para jogos mais cedo, a escolha recai sobre refeições leves: "Quando o jogo é mais cedo assim, eu como purê de batata, carne, frango, arroz. Não pode comer muito feijão, para não ficar pesado. Salmão é bom, peixe é mais leve."

Sobre as preferências culinárias, Osvaldo revelou um gosto por pratos tradicionais. "Eu como bastante cuscuz. Mas um arroz, feijão e carne para mim não pode faltar", disse. Contudo, ele tem suas restrições quanto a pratos mais elaborados e pesados: "Não gosto cara, eu passo mal. Uma feijoadinha cai bem." E, em um toque de humor, confirmou a necessidade de higiene antes e depois das partidas: "Claro. A gente toma banho sim antes dos jogos e depois também. A gente termina suado, fedendo, com cheiro de grama. Tem que tomar um banho para chegar em casa cheiroso e abraçar os filhos."

A Essência do Ba-Vi e a Conexão com a Família Rubro-Negra

O calor do Ba-Vi, especialmente o confronto que terminou em 3 a 2 para o Vitória , foi outro ponto de interesse. A briga em campo, para Osvaldo , reflete a intensidade da rivalidade. "Acho que todo mundo querendo vencer, cada um defende seu escudo e é isso. Todo mundo ali dentro quer vencer e cada um defende o escudo que trabalha", analisou, contextualizando a paixão envolvida no clássico.

A interação com os companheiros de equipe não se limita ao campo. Osvaldo revelou que a convivência se estende à vida social. "Eu convido para a gente jantar normalmente com as famílias. Eu também jogo videogame, eu gosto. Jogo com meu filho", concluiu, mostrando que os laços formados no futebol transcendem o ambiente profissional e se integram à vida familiar.