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Jair Ventura: Vitória "vivíssimo" no Z-4, foco na eficiência após revés

Por Redação FutVitória em 01/11/2025 19:33

A recente jornada do Esporte Clube Vitória no Campeonato Brasileiro teve mais um capítulo de adversidade. No último sábado, o Rubro-Negro baiano não conseguiu conter o ímpeto do Cruzeiro no Mineirão, sendo superado por 3 a 1. O resultado aprofunda a delicada situação da equipe na zona de rebaixamento, com a necessidade urgente de reação para evitar a queda.

A partida, válida pela 31ª rodada, viu o time da casa abrir vantagem com dois gols de Kaio Jorge. Willian Oliveira ainda conseguiu diminuir para o Vitória , mas Arroyo selou o placar final ainda na primeira etapa, consolidando a vitória cruzeirense. O revés, contudo, não parece ter abalado completamente a confiança do técnico Jair Ventura, que, apesar das dificuldades, demonstra um otimismo cauteloso.

Desfalques e o Desafio da Recomposição

Em sua avaliação pós-jogo, Jair Ventura fez questão de ressaltar as inúmeras ausências que o Vitória enfrentou. O time entrou em campo com dez desfalques notáveis, sendo cinco deles atletas habitualmente titulares. O treinador contrastou essa realidade com a qualidade do elenco adversário, apontando para a disparidade de recursos.

A gente faz um jogo melhor que o que fez contra o Santos, mas sai daqui com a derrota. A gente sem banco. A gente tem jogador estreando na 31ª rodada, o Kike. Eles têm o Gabigol. Difícil quando eles têm o poder de investimento que têm. O Matheuzinho vinha entrando, e quando ele começa, a gente perde esse jogador. E aí a gente não incendeia o jogo como foi contra o Corinthians.

Ainda sobre as opções táticas, Ventura comentou a surpreendente escalação de Erick, um ponta de origem, na lateral direita. A decisão foi forçada pela ausência dos laterais Raúl Cáceres e Claudinho. Embora tenha reconhecido que a mudança impulsionou a criação ofensiva, também admitiu que fragilizou o setor defensivo. A principal crítica do técnico, no entanto, foi direcionada à ineficiência do ataque em converter as oportunidades criadas.

O Erick muda o jogo contra o Corinthians quando vai para a ala. Por isso a gente tentou a manutenção. Se eu tenho o Cáceres ou Claudinho, não seria o professor pardal. A gente tem que se reinventar. Não desgostei do jogo. Não tenho vergonha de falar de performance dentro do resultado. A gente performou. O primeiro tempo foi melhor que o segundo. Mas pelo poder de mudança dos caras no jogo. E o nosso mental por não ter conseguido fazer os gols. Hoje a gente não foi eficiente.

A Busca por Efetividade e a Visão Coletiva

Questionado sobre falhas individuais, o treinador preferiu adotar uma perspectiva coletiva, minimizando a culpa de um único jogador e enfatizando a responsabilidade compartilhada.

Já passou. Sobre o jogador esse ou aquele, a falha é de todos os nós. O Arcanjo não joga mais, os dois laterais estão machucados. É chover no molhado. Eu vinha dando manutenção desde que cheguei, mas o DM me fez fazer mudanças.

A análise do jogo revelou que, apesar da derrota, o Vitória não se intimidou. Ventura destacou a verticalidade do Cruzeiro, mas mencionou chances claras desperdiçadas pelo Leão nos primeiros segundos, com Matheuzinho , e posteriormente, com Aitor. A diferença, segundo ele, residiu na frieza do adversário.

A série de desfalques impõe um desafio constante de reinvenção. O técnico elogiou o desempenho de Matheuzinho e a dificuldade de implementar mudanças sistêmicas devido à apertada sequência de jogos. A prioridade, então, é a confiança aos atletas disponíveis e a recuperação dos lesionados. A necessidade de os atacantes voltarem a marcar, como Kayzer no clássico Ba-Vi, é um ponto crucial.

Otimismo na Luta Contra o Rebaixamento

Apesar do cenário adverso, a notícia do empate do Santos em casa com o Fortaleza trouxe um alívio para o Vitória . A diferença para o Peixe, o primeiro time fora da zona de rebaixamento, é de apenas dois pontos, um fator que alimenta o otimismo de Jair Ventura.

Com o empate do Santos a gente está vivíssimo. Eles têm uma tabela difícil, assim como a gente. A nossa torcida sabe da importância no Barradão. Saímos aplaudidos contra o Corinthians. Eu vejo a gente em uma crescente, jogando bem. Mas isso não vai nos garantir na Série A. Uma vitória nossa, se o Santos não vencer, a gente consegue sair do Z-4 na próxima rodada.

O próximo compromisso do Vitória será em casa, no Barradão, nesta quarta-feira, às 19h (de Brasília), contra o Internacional. Um confronto decisivo onde a presença e o apoio da torcida se mostram fundamentais.

Sobre as substituições no intervalo, Ventura explicou as saídas de Dudu e Camutanga, ambos amarelados e com histórico de expulsões. Renzo entrou para dar mais sustentação à área. A efetividade, ou a falta dela, é o que tem impedido o Vitória de converter boas performances em pontos.

Está faltando efetividade. Nesses últimos jogos tivemos chances claras. A gente esbarrou em um goleiro excepcional que é o Cássio. Contra o Corinthians, o menino muito bem também. O Corinthians criou muito menos que o Cruzeiro, e a gente perdeu. A gente vem em uma crescente com performance. Mas precisamos dos pontos. É ser mais frio. E fazer essas chances claras que a gente vem tendo. A gente performando bem vai estar mais próximo do objetivo.

Caminho a Seguir: Foco, Confiança e Coletividade

A janela de transferências fechada impede a chegada de novos jogadores, colocando a responsabilidade de superação totalmente sobre o elenco atual. Ventura enfatiza a necessidade de o grupo se manter motivado, focado nas melhorias e, principalmente, em ser mais "frio" e tranquilo nas finalizações.

Ao abordar a atuação de Kike, que estreou na 31ª rodada, o técnico evitou críticas individuais, preferindo destacar a dificuldade da situação e a oportunidade concedida. Já sobre a percepção de fragilidade defensiva, Ventura defendeu sua equipe, atribuindo mérito ao adversário, especialmente a jogadores como Kaio Jorge, que souberam ser decisivos.

Não é fragilidade defensiva. Tem que dar mérito para o adversário. Tem gente que não sabe perder. A gente marcou um menino que é de seleção brasileira. Ele foi em duas bolas e fez dois gols. Não foi só a equipe do Vitória . Temos coisas a corrigir. Mas não é sobre a situação só de setor defensivo. Quando a gente toma gol, todos nós temos que corrigir. É ter equilíbrio. Vou avaliar o Vitória como um todo e não por setor. Ganhamos todos. Perdemos todos.

A mensagem final de Jair Ventura é clara: o Vitória precisa de equilíbrio, confiança e, acima de tudo, converter as chances criadas para alcançar o objetivo da permanência na Série A. A luta é coletiva, e a fé na recuperação do time permanece inabalável.

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