Jair Ventura Revela Tática Vencedora do Vitória Contra Palmeiras no Brasileirão

O Esporte Clube Vitória obteve um resultado significativo ao empatar em 0 a 0 com o Palmeiras, na última quarta-feira, no Allianz Parque. Este confronto, antecipado da 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, permitiu que o Rubro-Negro somasse um ponto importante, elevando sua contagem para 36, em meio à intensa batalha para evitar o descenso, mesmo permanecendo na zona de rebaixamento.

Em pronunciamento à imprensa após o embate, o treinador Jair Ventura enfatizou a capacidade do Vitória de neutralizar o oponente, avaliando o desempenho da equipe na primeira etapa como o mais consistente desde sua chegada ao comando técnico.

"Tivemos a semana para trabalhar, viemos praticamente com força máxima e fizemos um grande jogo. Anulamos os pontos fortes do Palmeiras. É um Palmeiras muito técnico, muito impositivo, com jogadores de extrema qualidade. A gente soube neutralizar essa arma deles. Trabalhamos muito isso durante a semana. Fizemos um primeiro tempo muito bom, nosso melhor tempo", declarou Ventura, destacando a preparação meticulosa e a execução tática exemplar de seus comandados.

O técnico prosseguiu sua análise, reconhecendo o acréscimo de atletas de calibre pelo adversário na etapa final, como Vitor Roque, Felipe Anderson e Gustavo Gómez, que intensificaram a pressão. "No segundo tempo eles colocaram mais armas, Vitor Roque, Felipe Anderson, muito volume. No final o Gustavo Gomez, que é o melhor cabeceador deles. Mesmo assim, conseguimos um ponto. Todo mundo contava com uma derrota nossa, mas conseguimos um empate importante. Pelo investimento do outro lado, temos que comemorar esse ponto. Não sabemos o que vai acontecer, se esse ponto vai ser suficiente para nossa permanência ou não, mas vamos trabalhar para dar certo. Um ponto é melhor que nenhum ponto", pontuou, sublinhando a relevância do resultado frente às expectativas e ao poderio financeiro do time paulista.

Estratégia Defensiva: A Chave para Frear o Verdão

"A gente sai com um ponto importante e vamos para o jogo da vida contra o Sport", afirmou o treinador, direcionando o foco para o próximo desafio.

O próximo confronto decisivo do Vitória será neste domingo, às 18h30 (horário de Brasília), contra o Sport, na Ilha do Retiro, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.

"Agora temos o jogo contra o Sport, que está jogando leve, que tem rivalidade, vai ser um jogo muito difícil", previu Ventura, ciente da complexidade do clássico regional.

A solidez defensiva do Vitória , que completou três partidas consecutivas sem ter sua meta vazada, foi um dos pontos altos. Questionado sobre a titularidade de Thiago Couto para o embate contra o Sport, o técnico preferiu não cravar uma decisão, mas elogiou o goleiro. "Muito tempo ainda para te responder, vamos conversar com nosso presidente. Mas parabenizar o Thiago. Sabemos que contra o Cruzeiro ele não esteve no melhor dia, mas ele vem em uma crescente muito grande. São três jogos de baliza zero", afirmou. Ele reiterou a importância da preparação semanal e da força máxima empregada: "Tivemos a semana para trabalhar, viemos praticamente com força máxima e fizemos um grande jogo. Anulamos os pontos fortes do Palmeiras. É um Palmeiras muito técnico, muito impositivo, com jogadores de extrema qualidade. A gente soube neutralizar essa arma deles. Trabalhamos muito isso durante a semana. Fizemos um primeiro tempo muito bom, nosso melhor tempo."

A Ascensão Defensiva e as Escolhas Táticas Cruciais

Revisitando a segunda etapa, Ventura reforçou a pressão adversária com a entrada de jogadores como Vitor Roque e Felipe Anderson, além da ameaça aérea de Gustavo Gómez. "No segundo tempo eles colocaram mais armas, Vitor Roque, Felipe Anderson, muito volume. No final o Gustavo Gomez, que é o melhor cabeceador deles. Mesmo assim conseguimos um ponto. Todo mundo contava com uma derrota nossa, mas conseguimos um empate importante. Pelo investimento do outro lado, temos que comemorar esse ponto. Não sabemos o que vai acontecer, se esse ponto vai ser suficiente para nossa permanência ou não, mas vamos trabalhar para dar certo. Um ponto é melhor que nenhum ponto. Agora temos o jogo contra o Sport, que está jogando leve, que tem rivalidade, vai ser um jogo muito difícil", complementou, evidenciando a valorização do ponto conquistado e a projeção para o próximo confronto.

O treinador fez questão de frisar que o Vitória se tornou a segunda equipe com menor número de gols sofridos desde sua chegada. Ele detalhou a estratégia para conter o ímpeto palmeirense: "Neutralizamos esse jogo do Palmeiras, que é muito vertical. O Abel é um excelente treinador, cinco anos no Palmeiras, sempre com um time técnico e competitivo, que busca o tempo todo o gol. A gente neutralizou isso com muito trabalho, com pressão na bola, encurtando o portador da bola. O cruzamento deles é sempre uma arma forte, fazem muitos gols assim, e a gente conseguiu neutralizar isso bem. Trabalhamos muito isso essa semana." Ventura esclareceu que as substituições realizadas foram motivadas estritamente pelo desgaste físico dos atletas, e não por questões táticas, visto que a equipe se mostrava "muito encaixada", resultando em poucas chances concedidas.

Sobre as escolhas táticas, a opção por Edu visava agregar velocidade ao ataque, mesmo com a perda da qualidade no passe de Zé. A linha defensiva, que havia se destacado contra o Internacional, foi mantida. "Sim, a gente ganha em velocidade com o Edu . Perdemos o pé esquerdo do Zé, mas ganhamos a velocidade do Edu . Foi a zaga que jogou contra o Inter e já tinha ido bem. A gente treinou muito essa situação da profundidade do Palmeiras. A gente sabia que teria que subir a linha, mas fazer diferente do que fizemos contra o Cruzeiro, que oferecemos essa bola no espaço, fizemos esse ajuste corporal durante a semana", explicou. O técnico reconheceu os riscos inerentes ao confronto, mas exaltou a concentração e a aplicação do planejamento: "É fácil falar agora, a gente poderia ter tomado um gol de cruzamento, eles tiveram chances. A gente sabe das coisas, hoje a gente estava muito concentrado, tivemos uma semana muito boa. Conseguimos transferir a semana para o jogo. É muito difícil jogar aqui, a probabilidade de perder o jogo era muito grande. A gente sai com um ponto importante e vamos para o jogo da vida contra o Sport."

União do Elenco e a Batalha pela Permanência na Elite

A profundidade do elenco e a rotação de jogadores foram também abordadas. Ventura enfatizou a importância de cada ponto e o ganho de opções com o retorno de Cáceres e a versatilidade de Erick na lateral. Ele citou exemplos de atletas como Zé, que perdeu a titularidade na zaga, e Matheuzinho, um ídolo que iniciou no banco, para ilustrar a maturidade do grupo. "Cada ponto importa, eu ganho mais opções, assim como a volta do Cáceres. O Erick estava fazendo a lateral. O Zé perdeu a posição na zaga e hoje puxou a oração. Matheuzinho é ídolo do clube e está no banco, ele entende. Eu parabenizo todo o grupo por isso, sabem da importância de quem joga e de quem não joga. Assim a gente fica mais perto da permanência", ressaltou, enaltecendo a união em prol do objetivo maior.

Em relação à acirrada disputa contra o Z-4, o técnico deixou claro que o foco do Vitória deve ser exclusivamente em suas próprias performances. "A gente tem que fazer o nosso. O Santos já está ganhando com gol de Neymar, que é um gênio. A gente sabia que ele ia levar o Santos para outro patamar, como ele está levando. A gente tem que mirar sair, quem vai entrar eu não sei. Se vai ser Santos, Inter ou Grêmio. A gente tem que fazer nossa pontuação, não importa quem vai entrar em nosso lugar. Vamos dar a vida para permanecer na Série A", declarou, reiterando o compromisso de lutar pela permanência na elite.

Abordando o aspecto psicológico da reta final, Ventura ponderou que a conquista do empate vai além do resultado em campo. "Não é sobre o jogo só, né?! É sobre tudo que envolve. Conseguir um empate aqui, jogando bem, controlando as ações do adversário. Nossos atletas têm méritos, se entregaram, treinaram para caramba essa semana. A gente veio para cá, fez um grande jogo e levou um ponto importante", frisou, enaltecendo a dedicação e o empenho dos jogadores na preparação e na execução tática.

O Desafio Ofensivo e a Responsabilidade do Treinador

Questionado sobre a eficácia ofensiva, Ventura reconheceu a necessidade de maior assertividade. "A gente tem que ser efetivo. A bola do Renzo contra o Botafogo ele se cobra até hoje", exemplificou. Ele traçou um panorama da disparidade de investimento no futebol brasileiro, comparando Palmeiras e Flamengo a gigantes europeus. "Nosso campeonato, das equipes que têm dificuldade financeira, Palmeiras e Flamengo estão se encaminhando para um Real Madrid e Barcelona aqui no Brasil. Então, é cada vez mais difícil jogar contra essas equipes. Então temos que ter consistência para não sofrer gols e depois tentar alguma coisa. Não adianta vir de peito aberto para cá", analisou. O treinador assumiu a responsabilidade pelos resultados, afirmando: "O treinador tem responsabilidade com o resultado, não só com as ideias. Eu tenho que ter a responsabilidade de vir aqui neutralizar o melhor Palmeiras dos últimos anos."

Ele também abordou a gestão da confiança dentro do grupo. "Os jogadores sabem que não estamos no nosso melhor momento, então tenho que passar confiança para eles. Em alguns jogos temos mais chances, como contra o Botafogo, em outros temos menos, como foi hoje. É valorizar, passar confiança. Recuperar os jogadores, mas, independente disso, o mais importante é o Vitória vencer e ficar na Série A", salientou, enfatizando a prioridade em conquistar vitórias para garantir a permanência.

Reforçando a mentalidade para a fase decisiva, Ventura reconheceu a escassez de tempo, mas celebrou a evolução da equipe. "A gente sabe que o tempo é curto, eu sabia disso quando aceitei. A gente vem em uma crescente, com muito mérito dos atletas. Eu estou muito satisfeito como eles assimilaram as ideias tão rápido. Mas a gente sabe que tem que fazer mais. Só jogar bem não adianta. Temos que vencer os jogos, cada jogo é uma final", declarou. Ele reiterou que as mudanças em campo foram para preservar a energia dos atletas, que se mostraram exaustos. "A gente treina variações, hoje todo mundo esteve muito bem encaixado, só fiz trocas para renovar energia, senti que os jogadores cansaram. Vamos ter mais uma final de Copa do Mundo em Recife, depois uma semana para recuperar. O Vitória é para quem acredita, e vamos acreditar até o final", concluiu, transmitindo otimismo e a certeza de que a luta pela Série A persistirá até o fim.

Desfalques e a Preparação para o "Jogo da Vida"

A suspensão de Willian Oliveira representa um desfalque significativo. "Jogador importante. Já falei dele, estava no final da fila e hoje está sendo muito importante para a gente", disse Ventura, lamentando a ausência do volante. O técnico adiantou que buscará soluções internas: "Vamos buscar alternativas dentro do elenco . Amanhã começo a estudar o Sport e vejo qual volante se encaixa melhor dentro dessa situação."