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Derrota Humilhante: Vitória Quebra Recordes Negativos e Carille Cai no Maracanã
Por Redação FutVitória em 26/08/2025 04:17
A segunda-feira marcou um dos capítulos mais sombrios na trajetória centenária do Esporte Clube Vitória. A goleada implacável de 8 a 0 sofrida diante do Flamengo não foi apenas um resultado adverso; ela se inscreveu nos anais como a maior derrota da história do confronto e, de forma ainda mais dolorosa, a mais expressiva do Rubro-Negro baiano em Campeonatos Brasileiros. Este revés acachapante, ocorrido na 21ª rodada da Série A, não só selou o destino do técnico Fábio Carille, que teve sua demissão confirmada, mas também elevou a um patamar crítico o sinal de alerta sobre o risco de rebaixamento.
Mais do que a disparidade numérica, o que se viu em campo foi um espelho de uma equipe desorganizada taticamente, com falhas técnicas gritantes e, sobretudo, um lado emocional visivelmente abalado. Sofrer gols nos primeiros minutos de ambos os tempos de jogo no Maracanã é um sintoma claro de uma fragilidade que dificulta qualquer perspectiva de reação, especialmente para um time que ocupa a 17ª colocação e busca desesperadamente sair da zona de degola nas rodadas restantes.
O Legado de Uma Temporada de Equívocos
Este desfecho calamitoso não é um evento isolado, mas sim o ápice de uma série de erros acumulados ao longo da temporada. O Vitória viu escapar o título estadual, foi precocemente eliminado nas Copas do Nordeste, do Brasil e Sul-Americana, e sua campanha na Série A está muito aquém das expectativas. O cenário é agravado por duas demissões de treinadores, uma reformulação significativa no elenco e mudanças na própria diretoria de futebol, indicando uma instabilidade crônica que permeia o clube.
Decisões Táticas Questionáveis e um Início Fatal
A estratégia adotada pelo Vitória contra o líder do campeonato, em um momento de tantos desfalques, revelou-se um tiro no pé. A manutenção do atacante Lucas Braga na lateral direita, uma improvisação já criticada, transformou o setor em uma verdadeira "avenida" para os avanços do adversário, especialmente para Samuel Lino. Embora os retornos de Zé Marcos na zaga e Ronald no meio-campo, após suspensão, fossem esperados, a inclusão do jovem volante Wendell, de apenas 19 anos, no onze inicial foi uma aposta arriscada. Embora o garoto não tenha sido o principal culpado pelo desastre, sua escalação em um embate de tamanha dificuldade, com a pressão de um Maracanã lotado e um oponente em grande fase, levanta sérias dúvidas sobre o planejamento.
A escalação do Vitória para o confronto foi: Lucas Arcanjo; Lucas Braga, Lucas Halter, Zé Marcos e Ramon; Pepê, Wendell e Ronald ; Erick, Cantalapiedra e Renato Kayzer.
Qualquer resquício de esperança em uma resistência foi pulverizado logo no primeiro minuto. A falha na marcação de Samuel Lino pela direita, após uma perda de posse de bola, abriu caminho para o primeiro gol. O goleiro Lucas Arcanjo , em uma noite para esquecer, cometeu um erro crucial no lance e, pouco depois, falhou novamente ao errar um passe que culminou no segundo gol flamenguista, anotado por Pedro. O terceiro gol, de Arrascaeta, pode ser creditado mais à qualidade do mandante, mas o desastroso início do segundo tempo confirmou a noite de horrores para a equipe de Carille, que retornou para a etapa final com a mesma formação inicial.
A Desintegração Defensiva e o Adeus de Carille
A defesa, montada e treinada por Carille, demonstrou uma insegurança alarmante, sofrendo três gols em meros oito minutos da segunda etapa. Pedro , Samuel Lino e Luiz Araújo foram os autores dos tentos que ampliaram a vantagem rubro-negra. O próprio Pedro ainda completaria seu "hat-trick" aos 13 minutos, antes mesmo que Fábio Carille realizasse suas primeiras substituições. As entradas de Osvaldo e Willian Oliveira, seguidas por Ricardo Ryller e Edu, não alteraram em nada a postura apática do Vitória . Atordoado em campo, o time baiano ainda veria Bruno Henrique converter um pênalti, selando o placar elástico.
Carille teve nove partidas à frente do Vitória para tentar ajustar as falhas defensivas, mas os números mostram que a missão foi um fracasso retumbante. Pelo contrário, sua passagem se encerrou com uma derrota humilhante, registrando apenas uma vitória, cinco empates e três derrotas, resultando em um aproveitamento pífio de 29,6%. Durante seu comando, a equipe marcou oito gols e sofreu 18, evidenciando a incapacidade de equilibrar os setores. Veja os dados de sua passagem:
| Métrica | Valor |
|---|---|
| Jogos sob Carille | 9 |
| Vitórias | 1 |
| Empates | 5 |
| Derrotas | 3 |
| Aproveitamento | 29,6% |
| Gols Marcados | 8 |
| Gols Sofridos | 18 |
Estatísticas que Escancaram o Abismo
Os números da partida no Maracanã pintam um quadro ainda mais desolador. Enquanto o Flamengo finalizou 20 vezes em direção ao gol, o Vitória conseguiu apenas uma tentativa. A posse de bola, com 36% para o time baiano, escancara a passividade e a falta de controle sobre o jogo. Tais estatísticas são um atestado da noite de pesadelos vivida pelo Rubro-Negro baiano no Rio de Janeiro, onde a ausência de um plano de jogo eficaz e a fragilidade emocional foram evidenciadas de forma brutal.
Com a saída de Fábio Carille, a tarefa de reunir os cacos recai sobre Rodrigo Chagas, técnico interino e comandante da equipe sub-20. Sua missão é hercúlea: preparar o elenco profissional, abalado e desorientado, para o próximo desafio. O Vitória enfrentará o Atlético-MG no próximo domingo, às 18h30 (de Brasília), no Barradão, pela 22ª rodada da Série A. Um confronto que se anuncia como mais um teste de fogo para um clube que precisa, urgentemente, reencontrar seu rumo para evitar a concretização do que hoje parece ser uma ameaça cada vez mais real.
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