Atlético-MG Empata na Altitude: Scarpa Brilha, Defesa Preocupa – Notas e Análise

O Club Atlético Mineiro, em um confronto desafiador nas quartas de final da Conmebol Sul-Americana, enfrentou o Bolívar na altitude de La Paz, Bolívia. Apesar de ter construído uma vantagem promissora de dois gols, o time mineiro não conseguiu sustentar o placar, finalizando a partida com um empate em 2 a 2. A atuação individual de Gustavo Scarpa no meio-campo foi um dos pontos altos do embate, contrastando com a dificuldade em manter a solidez defensiva.

A capacidade de superar as adversidades climáticas e o domínio inicial do jogo demonstraram o potencial da equipe. Contudo, a incapacidade de converter a liderança em uma vitória crucial fora de casa levanta questionamentos sobre a consistência e a gestão do resultado em momentos decisivos. O duelo serve como um espelho para as próximas etapas, exigindo uma reflexão profunda sobre a performance coletiva.

Destaques Ofensivos e a Maestria de Scarpa

A partida em La Paz revelou a qualidade técnica de alguns atletas, especialmente no setor de criação. Gustavo Scarpa, com sua visão de jogo e precisão nos passes, orquestrou as principais investidas ofensivas. Sua participação foi vital no primeiro gol, ao servir Alexsander, que finalizou com maestria. Pouco depois, Scarpa cobrou uma falta com exímia precisão, encontrando a cabeça de Vitor Hugo para ampliar o placar. Essa performance sublinha a importância do meio-campista na dinâmica ofensiva do Atlético.

Alexsander também merece menção por sua intensidade e objetividade. Atuando com vigor do início ao fim, foi ele quem iniciou a jogada do primeiro gol, recuperando a posse de bola e concluindo-a na área adversária. Vitor Hugo, por sua vez, além de ser uma novidade na zaga, mostrou-se eficaz na bola parada, marcando seu primeiro gol com a camisa alvinegra e contribuindo para a consistência defensiva inicial.

Lapses Defensivos e o Preço da Desatenção

Apesar da vantagem construída, o Atlético-MG não conseguiu manter a excelência defensiva ao longo dos 90 minutos. Lyanco, que demonstrou segurança no primeiro tempo com bons cortes e proteção da área, teve uma queda de rendimento na etapa final. Sua falha em subir adequadamente no lance do primeiro gol do Bolívar e um pênalti "infantil", causado por um braço desnecessariamente aberto, foram determinantes para a recuperação do adversário.

Guilherme Arana, que cumpriu bem seu papel tático defensivo no primeiro tempo, mostrou-se desligado no retorno do intervalo, não acompanhando o jogador do Bolívar no lance que resultou no primeiro gol dos donos da casa. Igor Gomes, que entrou na segunda etapa, também cometeu um erro crucial ao deixar o braço aberto, resultando no segundo pênalti para o Bolívar, selando o empate.

Atuações Individuais: Uma Análise Detalhada

A seguir, apresentamos uma tabela com as notas atribuídas aos jogadores do Atlético-MG e ao técnico, refletindo suas performances na partida contra o Bolívar, de acordo com a avaliação do ge e a média do público.

O empate em La Paz, embora não seja o resultado ideal, mantém as chances do Atlético-MG na competição. Contudo, a lição a ser tirada é clara: a qualidade individual, especialmente no meio-campo, não pode ser anulada por falhas de concentração e posicionamento defensivo. A equipe precisará de uma performance mais consistente e atenta na partida de volta para avançar às semifinais da Sul-Americana.