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Análise Profunda: Carille Avalia Empate do Vitória e Próximos Desafios
Por Redação FutVitória em 17/07/2025 01:52
O Esporte Clube Vitória, em um desafio complexo no Nilton Santos, conseguiu um resultado de suma importância ao segurar o Botafogo em um empate sem gols pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. A performance destacada do goleiro Lucas Arcanjo foi fundamental para garantir que o Leão somasse este valioso ponto fora de casa.
Após o confronto, o técnico Fábio Carille, em sua coletiva de imprensa, expressou uma satisfação contida com o placar. Apesar de o ponto ter levado o Rubro-Negro aos 12 pontos, mantendo-o na zona de rebaixamento, o comandante enfatizou a urgência de uma melhoria substancial no desempenho da equipe.
Carille foi direto ao ponto sobre a atuação: "Não agradou, sabemos que a gente pode mais. Falei para a gente comemorar esse ponto sabendo que a gente precisa melhorar, essa foi a conversa no vestiário. Vamos melhorar com trabalho, confiança, e nós da comissão abraçando todos para que eles façam o melhor." Esta declaração sublinha a dicotomia entre a relevância do ponto conquistado e a insatisfação com a exibição em campo.
O Impacto das Alterações e a Busca por Equilíbrio
A segunda etapa da partida trouxe um Vitória mais presente e propositivo, uma mudança notável atribuída às substituições realizadas por Carille. A entrada dos pontas Erick e Osvaldo, que renderam Ronald e Lucas Braga, respectivamente, assim como a troca de Renato Kayzer por Renzo López e Matheuzinho por Rúben Rodrigues, oxigenou o time e alterou a dinâmica ofensiva.
O treinador justificou as mudanças táticas: "Como a gente não ficou com a bola o desgaste dos jogadores do corredor é maior. Foi para ganhar experiência, ficar mais com a bola. Erick tem essa característica. Conseguimos desafogar mais e essa foi a ideia." As alterações visavam não apenas o aspecto físico, mas também aprimorar a posse de bola e a capacidade de desafogar o setor defensivo, buscando maior controle do jogo.
Em uma análise comparativa, Carille ponderou sobre a imprevisibilidade do futebol, contrastando o resultado com a rodada anterior. "Futebol tem umas coisas que a gente não consegue controlar. Nossa atuação contra o Inter foi melhor, mas lá a gente perdeu e aqui a gente somou um ponto," observou. Esta reflexão destaca que, por vezes, o desempenho não se traduz diretamente no placar, e a resiliência em campo pode ser tão crucial quanto a qualidade técnica.

Desafios Ofensivos e a Confiança do Grupo
Um dos pontos mais sensíveis abordados por Carille é a prolongada ausência de gols da equipe, que já soma sete partidas consecutivas sem balançar as redes. Para o técnico, a solução reside no empenho diário: "Não tem outro caminho que não seja o trabalho. Confiança passa em situações assim. Já vivi isso. Não vai ter outra forma a não ser direcionando melhor as situações. Só três treinos até agora. Grupo que quer muito e vamos melhorar um pouco a cada dia para buscar os gols e voltar a ter confiança." A confiança e o direcionamento nos treinos são vistos como pilares para reverter essa sequência negativa.
Questionado sobre a estratégia de jogo e a transição ofensiva, Carille manteve a discrição sobre escalações futuras. "Não gosto de falar quem vai jogar, quem não vai. A gente acaba um jogo importante como esse. A partir de amanhã começo a analisar o adversário. Sexta defino o time para que eles já saibam quem vai jogar para que a preparação emocional seja muito importante para esse jogo dentro de casa," afirmou, ressaltando a importância da preparação mental para os confrontos no Barradão.
Avaliação Individual e Perspectivas para o Barradão
O treinador também dedicou palavras de elogio a Maykon Jesus, um jovem atleta que surpreendeu positivamente. "Atleta que não conhecia, surpresa agradável em Porto Alegre, marcar o Wesley não é fácil. Tem 19 anos, promissor, tem a confiança do grupo. A gente tem que dar todo suporte para que cresça cada vez mais," destacou Carille, evidenciando o potencial do defensor.
Sobre a possibilidade de Rúben Rodrigues e Matheuzinho atuarem juntos, Carille confirmou a viabilidade, mas com ressalvas: "Podem jogar juntos, sim. Vou ter um certo cuidado nesse momento porque a última partida desses jogadores foi no começo de maio. Caso do Renzo também. Estão sem ritmo de jogo, 70 dias sem jogar. No primeiro momento não vejo, mas essa possibilidade existe." A condição física e o ritmo de jogo dos atletas recém-chegados são fatores preponderantes para sua utilização plena.
A perspectiva agora se volta para dois compromissos cruciais em casa, começando pelo Bragantino neste domingo, às 16h (horário de Brasília), no Barradão. "Já joguei contra no Barradão várias vezes, vou ter a primeira oportunidade de jogar ao lado do torcedor. Expectativa de dar uma resposta com a casa cheia, nos apoiando. Torcedor do nosso lado a gente se torna mais forte," projetou o técnico, confiante na força da torcida. A organização tática e a busca por maior posse de bola são metas claras: "A gente tem que ser organizado o tempo todo, precisamos ficar mais com a bola. No segundo tempo a gente conseguiu achar o lado oposto e entrar mais no campo adversário. É isso que vou buscar para que a gente seja mais equilibrado, ataque mais e tire o time de trás. Buscar a vitória sendo organizado."
Por fim, Carille rechaçou a ideia de grandes alterações no modelo de jogo, priorizando a estabilidade. "Dificilmente vou fazer isso, não gosto de muitas mudanças, geram dúvidas nos atletas. Não é momento disso. Erick acredito muito. Hoje poderia ter começado com ele, mas vinha de problema de panturrilha e era campo sintético. A gente tem alternativa para ser mais decisivos na frente e vamos ver o melhor para enfrentar o Bragantino," concluiu, reiterando o foco em ajustes pontuais para otimizar o desempenho.
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