Análise do Vitória: Desempenho, Cansaço e a Busca Pela Vitória

Início Promissor, Declínio Preocupante

O embate contra o Defensa y Justicia demonstrou que um primeiro tempo bem executado não é garantia de sucesso para o Vitória. Apesar do esforço inicial, o time baiano cedeu mais um gol originado de bola parada, viu seu desempenho ser comprometido pelo cansaço na segunda etapa e, consequentemente, amargou um empate por 1 a 1. Esse resultado estendeu para cinco o número de partidas sem que o clube consiga uma vitória. Sob o comando de Thiago Carpini, o time triunfou em apenas uma das últimas 13 ocasiões.

Foto: ( Victor Ferreira / EC Vitória)

Estratégias e Substituições: Uma Busca por Soluções

Visando dosar o desgaste físico de seus jogadores, o treinador optou por preservar alguns atletas, promovendo sete alterações na escalação em relação ao confronto anterior contra o Ceará. Apenas Lucas Arcanjo, Neris, Ronald Lopes e Ricardo Ryller mantiveram-se entre os titulares. A formação inicial escolhida foi:

Lucas Arcanjo; Raúl Cáceres, Neris, Edu e Hugo; Ronald Lopes, Ricardo Ryller e Wellington Rato; Gustavo Mosquito, Osvaldo e Fabri.

A tentativa de Osvaldo na ponta esquerda e Fabri como centroavante não trouxeram soluções inéditas aos problemas já conhecidos do Vitória . O destaque positivo ficou por conta da parceria entre Gustavo Mosquito e Wellington Rato pelo lado direito do ataque, que se mostrou promissora desde o início da partida contra a equipe argentina.

O Fator Cansaço e a Exposição de Limitações

O cansaço, inevitável em um calendário tão exigente, potencializou as fragilidades da equipe, transformando a reta final da partida em um duelo marcado por erros tanto no ataque quanto na defesa. O Vitória criou oportunidades para marcar, mas também concedeu chances perigosas ao adversário argentino.

No que tange ao ataque, a quantidade de erros técnicos, especialmente por parte de Carlinhos e Janderson, chamou a atenção negativamente. Domínios imprecisos e finalizações equivocadas irritaram a torcida presente no Barradão, que não poupou vaias aos jogadores após o apito final.

Bola Parada: Uma Facilidade Ofensiva e uma Fragilidade Defensiva

Apesar de ter inaugurado o placar através de uma cobrança de falta, que contou com a colaboração do goleiro Bologna, a defesa do Vitória voltou a sofrer com lances de bola parada. A melhor oportunidade do Defensa y Justicia no primeiro tempo surgiu em uma cabeçada de Abiel Osorio, defendida por Lucas Arcanjo . No entanto, no início da segunda etapa, Togni cobrou uma falta direta e superou o goleiro do Leão, igualando o marcador. Esse foi o terceiro jogo consecutivo em que o Vitória sofreu gols originados de bolas paradas:

Grêmio: após cobrança de escanteio; Ceará: após cobrança de escanteio; Defensa y Justicia: cobrança de falta direta.

Mudanças Táticas e o Desespero no Final do Jogo

Ainda no intervalo, Carpini promoveu a entrada de Janderson no lugar de Fabri. Após sofrer o gol de empate, o treinador realizou mais três substituições, incluindo a entrada de Matheuzinho na vaga de Ricardo Ryller , buscando tornar o meio de campo mais ofensivo. As alterações foram:

Janderson no lugar de Fabri durante o intervalo; Jamerson no lugar de Hugo aos 17 do 2º tempo; Matheuzinho no lugar de Ricardo Ryller aos 17 do 2º tempo; Erick no lugar de Gustavo Mosquito aos 17 do 2º tempo; Carlinhos no lugar de Wellington Rato aos 25 do 2º tempo.

Próximos Desafios e a Busca Pela Reabilitação

Com três empates e uma derrota em quatro jogos, o Vitória ainda possui chances de avançar na Copa Sul-Americana. No entanto, para alcançar esse objetivo, o time precisará obter resultados positivos em dois jogos fora de casa, contra o Cerro Largo (Uruguai) e a Universidad de Quito (Equador).

Antes desses compromissos internacionais, o Leão terá pela frente o Vasco, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, que será disputada no Barradão.