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Vitória: Série de Erros Complica Estreia de Ventura e Luta Contra o Rebaixamento

Por Redação FutVitória em 28/09/2025 18:53

A equipe do Vitória, que necessita de uma execução impecável para almejar qualquer avanço, persiste em cometer falhas cruciais. A recente derrota por 3 a 1 para o Grêmio, neste último domingo, evidenciou novamente a capacidade do Rubro-Negro de anular um começo de partida encorajador, marcado por equívocos defensivos e uma notável ineficácia ofensiva. Consequentemente, o clube acumula sua terceira derrota consecutiva, afundando para a antepenúltima colocação e observando a zona de rebaixamento transformar-se em um abismo cada vez mais profundo.

Em sua primeira aparição no comando técnico do Vitória , Jair Ventura adotou uma estratégia cautelosa, priorizando a solidez defensiva. O esquema tático com três zagueiros foi implementado, e o meio-campo ganhou reforços com as presenças de Baralhas, já antecipada, e Ronald, ao lado de Aitor Cantalapiedra. Nomes como Matheuzinho e Osvaldo, por sua vez, iniciaram a partida como alternativas no banco de suplentes. Essa configuração inicial gerou expectativas positivas.

Com Kayzer como única referência ofensiva, apoiado por uma formação de quatro e depois cinco homens no setor intermediário, o Vitória conseguiu neutralizar as investidas do Grêmio nos instantes iniciais do confronto. A equipe bloqueou com eficácia os corredores laterais adversários e demonstrou capacidade de transição rápida, tanto por meio de lançamentos longos quanto por trocas de passes ágeis, buscando explorar os espaços. Contudo, a falha crucial residiu na incapacidade de converter as oportunidades criadas.

Tática Inicial de Ventura: Uma Promessa Não Cumprida

As duas principais chances de gol do Vitória na etapa inicial foram desperdiçadas por Aitor, que finalizou de forma imprecisa. Para um elenco que opera no limite da precisão, tais deslizes são extremamente custosos, especialmente quando o oponente demonstra eficiência em suas raras investidas. Enquanto Arthur foi detido por uma boa intervenção de Lucas Arcanjo, Henrique não hesitou ao aproveitar um erro grosseiro de Zé Marcos, que rebateu uma cobrança de lateral diretamente para a área, culminando no gol adversário.

A fragilidade defensiva se mostrou um calcanhar de Aquiles. O primeiro gol do Grêmio surgiu de uma falha individual clara, onde a atenção e a precisão foram ausentes no momento crucial. Este cenário, infelizmente, não é isolado e reforça a percepção de que, apesar de uma organização tática inicial, a equipe ainda é suscetível a lapsos que comprometem o resultado final.

A Reação e o Colapso: O Ciclo de Erros Persiste

O retorno para o segundo tempo trouxe o Vitória com a mesma formação, porém com uma atitude renovada nos minutos iniciais. A equipe se lançou ao ataque com determinação, sendo recompensada logo aos três minutos, quando Aitor aproveitou uma sobra para igualar o placar. O Rubro-Negro detinha, naquele instante, não apenas tempo, mas também a crescente impaciência da torcida adversária a seu favor. Contudo, essa vantagem momentânea não foi capitalizada.

Posteriormente, o Rubro-Negro recuou novamente ? uma reação compreensível diante da pressão do Grêmio em busca da vantagem ?, mas demonstrou incapacidade de explorar as chances que se apresentaram. Em uma dessas ocasiões, Erick forneceu um passe preciso para Aitor, que, contudo, falhou na finalização. Ironicamente, o mesmo jogador espanhol, que permaneceu em campo por tempo excessivo, foi desarmado em uma saída de bola, originando o segundo gol gremista, que se beneficiou de uma defesa rubro-negra desorganizada.

Enquanto o Vitória , quando minimamente estruturado, opera no limiar da eficiência, em momentos de desespero, a equipe se transforma em um cenário de completa desordem. A desvantagem no placar levou Jair Ventura a abandonar o esquema com três zagueiros, promovendo as entradas de Matheuzinho e Osvaldo , cujas performances, infelizmente, validaram a decisão de mantê-los inicialmente no banco. A única ameaça significativa do Rubro-Negro após o segundo gol adversário foi um arremate de Ronald , de fora da área. Para agravar a situação, o terceiro gol do Grêmio surgiu de uma jogada em que Raúl Cáceres, outro atleta cuja titularidade carece de justificativa, foi facilmente driblado pela direita, e a dupla de zaga, composta por Halter e Zé Marcos, falhou categoricamente em afastar o perigo.

O Balanço Tático: Acertos Pontuais e Erros Crônicos

Em retrospecto, a impressão inicial deixada pelo Vitória sugeria que a equipe realizava sua melhor exibição em um longo período. Havia potencial para ir além do simples empate e construir um resultado que simbolizasse um verdadeiro recomeço. Contudo, a reincidência de erros individuais de alto impacto mais uma vez se traduziu na perda de pontos cruciais.

A análise pós-jogo revela falhas recorrentes que impedem o avanço da equipe:

Aspecto Observação Crítica
Aitor Cantalapiedra Seu gol apenas atenuou uma performance abaixo do esperado. Sua permanência em campo até o apito final careceu de justificativa.
Qualidade nos Lados do Campo Erick teve momentos de oscilação, mas foi o único atacante a gerar alguma ofensividade. Osvaldo, ao entrar, não convenceu, e Lucas Braga teve participação limitada nos minutos finais.
Laterais Improdutivos Em um sistema com três zagueiros, a contribuição dos laterais é vital, tanto na defesa quanto no apoio ofensivo. Ramon e Cáceres, infelizmente, não demonstraram eficácia em nenhuma das funções.

Apesar das adversidades, alguns pontos positivos puderam ser observados:

Aspecto Ponto Positivo
Sistema com Três Zagueiros A equipe sofreu menos pressão na maior parte do tempo e demonstrou solidez nas disputas aéreas, inicialmente.
Retorno de Ronald O volante, em sua volta à titularidade, mostrou capacidade de ir além de passes laterais, contribuindo ativamente na construção das jogadas.

O Desafio Monumental de Jair Ventura no Vitória

Naturalmente, seria prematuro exigir resultados imediatos de Jair Ventura em sua estreia, após apenas quatro sessões de treinamento. Contudo, o confronto contra o Grêmio serviu como um claro indicativo da magnitude da "montanha" que o novo comandante terá de escalar para afastar o Vitória do fantasma do rebaixamento. A esperança agora se volta para uma reação em seus domínios, no próximo embate contra o Ceará, agendado para esta quinta-feira.

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