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Vitória Quebra Tabu em Ba-Vi Eletrizante e Acende Luta Pela Permanência na Série A 2025
Por Redação FutVitória em 16/10/2025 23:43
Após um período de sete confrontos sem superar seu arquirrival, o Esporte Clube Vitória conquistou um triunfo de valor inestimável sobre o Bahia, na noite da última quinta-feira, no Barradão. Com uma postura arrojada, pautada pela agressividade e verticalidade, a equipe rubro-negra soube capitalizar as oportunidades, consolidando o placar de 2 a 1, com notável protagonismo de seus alas. Ramón, em particular, foi o arquiteto das duas jogadas que resultaram em gol, enquanto Raúl Cáceres assinou o tento que selou os desejados três pontos para o Leão da Barra.
Este resultado catapulta o Vitória para um desafio ainda maior na próxima rodada, quando enfrentará o Santos na Vila Belmiro. A necessidade de uma vitória é premente para igualar a pontuação do primeiro time fora da zona de rebaixamento, embora o Peixe ainda possua um jogo a menos. Do outro lado do clássico, o Esquadrão, que iniciou a partida de forma hesitante, encontrou seu ritmo após o empate, chegando a demonstrar superioridade antes de sofrer o gol decisivo. A pressão final em busca de uma nova igualdade foi intensa, mas culminou no sétimo revés da equipe fora de seus domínios.
O Duelo Tático: Estratégias em Campo no Ba-Vi
A expectativa que pairava sobre o Barradão antes do apito inicial se concretizou rapidamente com o início da partida, conduzida por Anderson Daronco. O embate de filosofias táticas entre as duas equipes ficou evidente: o Vitória priorizava investidas rápidas e diretas, enquanto o Bahia orquestrava a posse de bola com paciência, buscando ocupar os espaços ofensivos de maneira calculada. No entanto, foi o time da casa quem se mostrou mais eficiente na primeira parte do confronto, conseguindo abrir o placar.
Desde os primeiros minutos, a superioridade rubro-negra foi notória. Organizado em um 5-4-1 em fase defensiva, o Vitória negava espaços ao Bahia e demonstrava uma compactação exemplar, variando o ponto de seu agressivo primeiro combate. Por vezes, a pressão se dava na intermediária adversária; em outros momentos, a linha defensiva recuava. Uma vez recuperada a posse, a transição era imediata, quase sempre impulsionada pelos alas em progressão ou pelas ações de Erick e Aitor.
O goleiro Ronaldo foi acionado por duas vezes nos dez minutos iniciais, frustrando tentativas de Raúl Cáceres e Aitor Cantalapiedra. O Bahia, por sua vez, encontrava dificuldades para transpor a defesa rival, enfrentando obstáculos na aproximação entre suas peças ofensivas e na criação de combinações eficazes. Exposto aos avanços velozes do Leão, o Esquadrão acabou cedendo um pênalti pouco antes da metade do primeiro tempo, quando Arias abriu os braços em um cruzamento de Ramón, resultando no toque da bola e na marcação da infração. Renato Kayzer, com frieza, converteu a cobrança, inaugurando o marcador. Em seguida, a partida perdeu fluidez, marcada por faltas, cartões e interrupções que contribuíram para um ritmo mais lento.
Virada de Roteiro e a Resposta Rubro-Negra
A estagnação do jogo sugeria que apenas uma jogada individual poderia alterar o panorama, e ela surgiu de um nome menos cotado para tal. Acevedo, após receber de Rezende, fez uma fila na entrada da área e, mesmo batendo prensado, viu Tiago ser oportunista para empatar aos 40 minutos. O gol abalou o Vitória , que se desorganizou defensivamente, concedendo mais liberdade ao Bahia nas proximidades de sua área e não conseguiu reagir ofensivamente até o intervalo.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Jair Ventura promoveu uma alteração estratégica, com a entrada de Dudu no lugar de Ronald no meio-campo. O volante recém-entrado teve uma chance de ouro para recolocar o Vitória à frente, recebendo um cruzamento de Raúl Cáceres em um contragolpe pela direita, invadindo a área, mas finalizando diretamente em Ronaldo, que realizou uma grande defesa. O jogo, agora mais aberto, viu o Bahia responder prontamente. Ademir recebeu um lançamento preciso de Gabriel Xavier nas costas de Zé Marcos, porém, finalizou sem força diante de Lucas Arcanjo. O Esquadrão aprimorou sua pressão na saída de bola rubro-negra, forçando erros e melhorando seu desempenho em campo, sem receio de se expor aos ataques diretos do Vitória .
Antes dos quinze minutos da etapa complementar, Jair Ventura realizou sua segunda substituição, trocando Aitor Cantalapiedra por Matheuzinho. Pouco depois, o time da casa retomou a dianteira no placar. Ramón, em mais uma descida pela esquerda, realizou um cruzamento que parecia despretensioso para a área. No entanto, Rezende falhou gravemente na tentativa de corte, e Raúl Cáceres, atento, não perdoou, marcando o gol decisivo. O gol inflamou o Leão e a fervorosa torcida no Barradão, que quase celebrou o terceiro tento quando Dudu desarmou Jean Lucas no campo de ataque, tabelou com Matheuzinho , mas não conseguiu desviar para a meta vazia.
Confronto Tático e Desfecho Dramático
As mexidas se intensificaram. Renzo López substituiu Renato Kayzer no Vitória , enquanto Rogério Ceni, buscando reverter o quadro, abriu de vez o time visitante com as saídas de Acevedo (que vinha jogando bem) e Sanabria para as entradas de Iago Borduchi e Kayky. Rezende foi deslocado para uma função mais fixa no meio-campo. Ceni prosseguiu com as alterações, removendo Rezende e Rodrigo Nestor para introduzir Michel Araújo e Cauly, transformando Jean Lucas no homem mais recuado do setor. Pouco depois, Ruan Pablo entrou no lugar de Ademir.
Jair Ventura queimou sua última alteração com a entrada de Osvaldo no lugar de Erick na reta final do confronto. O Bahia só conseguiu retomar a pressão na área do Vitória com perigo após os 35 minutos, demorando a se reorganizar após as substituições e a se recuperar do gol sofrido. Contudo, a equipe tricolor ainda teve chances claras de empatar: Cauly e David Duarte assustaram em chutes da entrada da área, e Camutanga realizou um corte providencial em cima da linha, salvando o que seria o gol de empate. Nos acréscimos, Dudu foi expulso após receber dois cartões amarelos em sequência, mas o placar permaneceu inalterado até o apito final.
O Caminho Adiante: Permanência em Jogo
A vitória no clássico não é apenas um feito moral, mas um respiro fundamental na árdua batalha pela permanência na Série A. O triunfo sobre o arquirrival, quebrando um incômodo jejum, injeta uma dose crucial de confiança e acende a esperança para o restante da temporada. O próximo desafio contra o Santos na Vila Belmiro se desenha como um confronto direto, onde cada ponto será disputado com a intensidade de uma final. A capacidade de replicar a letalidade e a organização defensiva demonstradas no Ba-Vi será determinante para o Vitória seguir sonhando com a elite do futebol nacional.
Escalações Iniciais
Abaixo, as formações com as quais Vitória e Bahia iniciaram o clássico:
| Vitória (Thiago Carpini) | Bahia (Rogério Ceni) |
|---|---|
| Lucas Arcanjo | Marcos Felipe |
| Raúl Cáceres | Arias |
| Camutanga | Kanu |
| Edu | Gabriel Xavier |
| Zé Marcos | Rezende |
| Ramón | Acevedo |
| Ronald | Rodrigo Nestor |
| Jean Lucas | Tiago |
| Erick | Ademir |
| Aitor Cantalapiedra | Rafael Ratão |
| Renato Kayzer | Everaldo |
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