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Vitória e a Fragilidade Defensiva: Impacto na Luta Contra o Z-4
Por Redação FutVitória em 24/07/2025 04:15
Fábio Carille, um técnico renomado por suas formações defensivas robustas ao longo da carreira, enfrenta um desafio evidente em seu recente comando no Vitória. O recente empate por 2 a 2 contra o Sport evidenciou, de forma contundente, a vulnerabilidade defensiva do esquadrão baiano. Apesar da combatividade ofensiva, as constantes falhas na marcação resultaram em um revés significativo, especialmente contra o ataque menos prolífico da Série A.
Essa debilidade não se restringe apenas ao último confronto. Em outras partidas sob a orientação de Carille, a equipe demonstrou similar desorganização: o gol sofrido na derrota para o Internacional, as defesas providenciais de Lucas Arcanjo no empate com o Botafogo, e o triunfo contra o Bragantino, que por pouco não foi comprometido, revelam um padrão de desajuste, notadamente nas jogadas aéreas.
A Persistência da Vulnerabilidade Rubro-Negra
Na partida da última quarta-feira, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, Carille promoveu duas alterações na formação inicial. No setor de meio-campo, Willian Oliveira retornou à titularidade, substituindo Ronald, após cumprir suspensão. Já no ataque, Fabri cedeu seu lugar a Erick.
A formação inicial do Vitória para o confronto foi a seguinte:
Posição | Jogador |
---|---|
Goleiro | Lucas Arcanjo |
Lateral Direito | Raúl Cáceres |
Zagueiro | Lucas Halter |
Zagueiro | Zé Marcos |
Lateral Esquerdo | Maykon Jesus |
Volante | Willian Oliveira |
Volante | Baralhas |
Meia | Matheuzinho |
Atacante | Erick |
Atacante | Lucas Braga |
Atacante | Renato Kayzer |
Ao contrário do embate anterior, onde o Vitória exibiu superioridade contra o Bragantino para construir sua vantagem, o confronto com o Sport no primeiro tempo se mostrou equilibrado, um verdadeiro "toma lá, dá cá", com momentos de brilho e de preocupação.

O Duelo com o Sport: Uma Análise Tática e os Gols Sofridos
Explorando os espaços para contragolpes, a equipe baiana demonstrou periculosidade, criando boas oportunidades através de cruzamentos na área. Renato Kayzer, aos 13 minutos, por pouco não finalizou, e Matheuzinho, logo em seguida, desperdiçou uma chance clara, finalizando mal da marca do pênalti.
Contudo, o Vitória também enfrentou momentos de apreensão devido às rápidas transições do oponente e, sobretudo, às jogadas de bola parada ? um tema central da noite no Barradão. Na etapa inicial, o Sport gerou três grandes oportunidades de gol, fruto de desatenções defensivas da equipe de Carille (duas delas em lances aéreos), com Lucas Arcanjo realizando defesas cruciais em duas ocasiões.
No setor ofensivo, o Vitória exerceu pressão e recuperou segundas bolas, buscando agredir o adversário. Em uma dessas ações, Erick desferiu um potente chute que carimbou o travessão. No balanço geral do primeiro tempo, os números revelaram:
Estatística | Vitória | Sport |
---|---|---|
Posse de Bola | 48% | 52% |
Chutes no Alvo | 1 | 3 |
Total de Finalizações | 9 | 7 |
O Amargo Empate e as Consequências na Tabela
Na volta para o segundo tempo, a entrada de Felipe Cardoso no lugar de Lucas Braga impulsionou a produção ofensiva da equipe. Adicionalmente, a estratégia de marcação alta do Vitória surtiu efeito. Em uma dessas jogadas, Renato Kayzer recuperou a posse e por pouco não marcou. No rebote, Cáceres, após passe de Felipe Cardoso , serviu Erick, que inaugurou o placar.
A expectativa era que o gol proporcionasse maior serenidade ao Vitória , permitindo que a equipe se expusesse menos e explorasse os contra-ataques. Contudo, essa tranquilidade não se concretizou. Mesmo com a substituição de Erick por Fabri, o Rubro-Negro baiano encontrou espaços e chances para atuar em velocidade, mas pecou na finalização das jogadas.
A retaguarda, porém, permaneceu um ponto fraco para o Vitória . Aos 43 minutos da etapa complementar, após uma cobrança de escanteio do Sport, a bola cruzou a grande área do time mandante, e Ronald , que havia ingressado bem na partida substituindo Matheuzinho , permitiu que Romarinho tivesse duas tentativas antes de selar o empate.
Apesar do revés, a equipe baiana demonstrou resiliência e conquistou o que parecia ser o gol da vitória, com Renzo Lópes, aos 50 minutos da etapa final, em uma cabeçada certeira. A alegria, contudo, durou apenas quatro minutos. Os recorrentes problemas defensivos voltaram a se manifestar, e Romarinho, surgindo entre os zagueiros do Vitória , restabeleceu a igualdade no placar.
O Vitória permanece em uma situação delicada na batalha contra o rebaixamento. Na tabela de classificação, a equipe ocupa a 15ª colocação, com 16 pontos, apenas dois à frente do Santos, que inicia a zona de descenso e possui um jogo a menos. A chance de construir uma vantagem mais confortável, na última quarta-feira, foi lamentavelmente perdida.
No gramado, mesmo quando a equipe demonstra criatividade e consegue balançar as redes em jogadas construídas, a fragilidade na marcação se manifesta, especialmente contra o lanterna do campeonato, que detinha o pior ataque da Série A e agora soma sete gols.
Fábio Carille, reconhecido por sua habilidade em solidificar setores defensivos, ainda não conseguiu implementar as soluções necessárias em seu novo clube. Em quatro partidas, o Rubro-Negro tem dependido excessivamente das intervenções de Lucas Arcanjo e de momentos fortuitos para conter os adversários. Uma performance insatisfatória para um clube que luta desesperadamente para evitar o descenso.
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