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Vitória 2025: Quem brilhou e quem deixou a desejar na Série A
Por Redação FutVitória em 30/12/2025 04:18
O desfecho da temporada 2025 trouxe ao torcedor do Vitória o alívio necessário com a manutenção na elite do futebol brasileiro. No entanto, o percurso foi marcado por uma instabilidade crônica, alternando raros momentos de brilho com exibições preocupantes. Em um cenário de tamanha oscilação, o elenco passou por um rigoroso teste de sobrevivência, onde alguns nomes sucumbiram à pressão enquanto outros chamaram a responsabilidade.
A gestão técnica foi um dos pontos mais sensíveis do ano. O comando do Rubro-Negro trocou de mãos quatro vezes, evidenciando a falta de um planejamento sólido. Thiago Carpini, Fábio Carille, Rodrigo Chagas e, por fim, Jair Ventura tentaram dar uma identidade ao grupo. Ventura, o último a assumir o leme, estabilizou a equipe em um sistema com três zagueiros, consolidando o esquema 5-2-3 que garantiu os pontos cruciais na reta final.
Abaixo, apresentamos um resumo estatístico dos principais nomes que impactaram a campanha do Leão nesta jornada de superação:
| Jogador | Desempenho | Dados Relevantes |
|---|---|---|
| Renato Kayzer | Artilheiro | 9 gols marcados na Série A |
| Lucas Halter | Líder Defensivo | Capitão e autor de 5 gols |
| Erick | Garçom | 5 assistências na elite |
| Lucas Braga | Abaixo do esperado | Apenas 2 gols em 35 partidas |
Promessas não cumpridas e quedas de rendimento
No setor das frustrações, Matheuzinho encabeça a lista. Herdeiro da camisa 10 após a saída de Wellington Rato, o meia não conseguiu manter a regularidade devido a constantes problemas físicos. Embora tenha balançado as redes em momentos chaves, o baixo volume de assistências ? apenas três no ano ? e a perda de protagonismo foram evidentes. Outro investimento que não deu retorno foi Lucas Braga. Contratado por cifras expressivas, o atacante foi figura constante no banco de reservas e sua saída para 2026 já é dada como certa.
O meio-campo também registrou lacunas importantes. Ricardo Ryller, que gozava de prestígio no início do ciclo, foi gradualmente escanteado com a chegada da nova comissão técnica. Situação semelhante viveu Pepê; o volante participou de 19 confrontos, mas sua presença em campo foi burocrática, encerrando o calendário sem participar diretamente de nenhum gol. No comando do ataque, Carlinhos, vindo do Flamengo, tornou-se uma das maiores incógnitas, passando longos períodos sem sequer ser relacionado para as partidas.
Os pilares da permanência rubro-negra
Em contrapartida, a espinha dorsal da equipe encontrou em Lucas Halter um porto seguro. O zagueiro não apenas assumiu a braçadeira de capitão com autoridade, como também se mostrou uma arma ofensiva letal em jogadas aéreas, anotando cinco tentos. No setor ofensivo, Erick provou sua versatilidade ao atuar até como ala, terminando o ano como o principal criador de jogadas da equipe na Série A. Gabriel Baralhas foi outro nome fundamental, sendo o autor do gol que sacramentou a permanência do clube na primeira divisão.
A meta rubro-negra também merece destaque pela resiliência. Com a lesão do titular Lucas Arcanjo, cria da casa, as dúvidas pairaram sobre o Barradão. Contudo, Thiago Couto, que chegou sob desconfiança para ser reserva, entregou atuações de alto nível e foi decisivo para assegurar resultados apertados na fase decisiva da competição. Por fim, Renato Kayzer, mesmo oscilando entre o time titular e o banco, encerrou 2025 como o maior goleador do clube, convertendo chances fundamentais para a pontuação final.
A estrutura tática de Jair Ventura
Apesar das trocas constantes no banco de reservas, o time que encerrou o ano apresentou uma estrutura mais definida sob a batuta de Jair Ventura. O treinador abdicou de variações complexas para focar em um esquema que protegesse melhor a área. A escalação base que terminou a temporada foi composta por: Lucas Arcanjo (ou Thiago Couto); Raúl Cáceres, Edu, Camutanga, Lucas Halter e Ramon; Gabriel Baralhas e Willian Oliveira; Erick, Aitor Cantalapiedra e Renato Kayzer.
Este desenho tático privilegiou a segurança defensiva, mas agora deixa questionamentos para a próxima diretoria sobre a necessidade de reforços. O Vitória sobreviveu, mas o desempenho de 2025 deixa claro que, para almejar voos maiores em 2026, o clube precisará de mais do que apenas lampejos individuais de seus destaques. A reformulação do elenco , focando em peças que entreguem maior constância, é o passo imediato para evitar que o roteiro de incertezas se repita.
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