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Vasco: Da Vitória no Morumbi à Nova Estrutura de Diniz – Análise Detalhada da Transformação

Por Redação FutVitória em 01/11/2025 12:16

Noite de 12 de junho, Dia dos Namorados, testemunhou uma performance memorável do Vasco da Gama: um triunfo por 3 a 1 sobre o São Paulo, no Morumbi, pela rodada inicial do Campeonato Brasileiro. Aquele confronto, considerado uma das atuações mais convincentes do Gigante da Colina sob a batuta de Fernando Diniz, não apenas solidificou a posição do treinador no clube, mas também precipitou a saída de Zubeldía do comando técnico paulista. Naquele instante, Diniz mal completava um mês à frente da equipe cruzmaltina, operando em um cenário distinto do presente. Quatro meses se passaram, e o reencontro entre as duas potências do futebol nacional, agora em São Januário, marca um momento de reflexão sobre a profunda metamorfose vivenciada pela equipe carioca.

O Ponto de Virada: A Vitória Que Impulsionou a Reestruturação Vascaína

Ainda no rescaldo daquela vitória emblemática, o Vasco formalizava a chegada de Admar Lopes como seu novo diretor de futebol. Anunciado antes mesmo do embate no Morumbi, o dirigente lusitano iniciou oficialmente suas funções em 18 de junho, em uma coletiva de imprensa na Barra da Tijuca. Sua presença foi crucial para uma janela de transferências cirúrgica, que oxigenou o plantel e elevou o patamar técnico da equipe. Sob sua gestão, seis novos talentos foram incorporados ao elenco: Thiago Mendes, Carlos Cuesta, Robert Renan, Andrés Gómez, Matheus França e Cauan Barros.

Contrariando as expectativas de um período de consolidação, a interrupção do calendário para a Copa do Mundo de Clubes, que sucedeu o triunfo sobre o São Paulo, não resultou no esperado engajamento da equipe de Fernando Diniz. Pelo contrário, o retorno às competições marcou a fase mais desafiadora da gestão Diniz. O clube atravessou uma sequência de sete partidas sem vitórias, culminando na eliminação precoce da Copa Sul-Americana, diante do Independiente del Valle, nos playoffs. O balanço desse período foi de três reveses e quatro empates. Adicionalmente, Diniz enfrentou uma prolongada estiagem de quatro meses sem triunfos atuando como mandante no Campeonato Brasileiro, uma marca negativa superada apenas em 24 de setembro, com a vitória sobre o Bahia em São Januário, em um confronto atrasado da 16ª rodada.

A Revolução Defensiva: De Vulnerabilidade à Muralha Cruzmaltina

No embate do Morumbi, a linha de zaga vascaína era composta por João Victor e Lucas Freitas, com Mauricio Lemos e Luiz Gustavo na reserva imediata. Passados quatro meses, o panorama defensivo do Vasco sofreu uma transformação radical. Este setor, historicamente sob intenso escrutínio nos últimos anos, foi o epicentro de uma profunda reestruturação na janela de transferências, diretamente influenciada pela chegada de Admar Lopes.

João Victor , alvo de forte pressão e com sua relação com a torcida deteriorada, foi negociado com o CSKA Moscou, da Rússia. Luiz Gustavo, por sua vez, rumou para o Bahia. Mauricio Lemos foi completamente preterido, não sendo sequer relacionado há mais de sessenta dias, enquanto Lucas Freitas perdeu sua posição, tornando-se uma opção de banco. A diretoria, então, agiu no mercado, trazendo Carlos Cuesta e Robert Renan . A adaptação da nova dupla de zagueiros em São Januário foi notavelmente célere, consolidando-os como titulares inquestionáveis. Com eles em campo, o Vasco ostenta uma invencibilidade e uma impressionante marca de 419 minutos sem sofrer gols.

Movimentações no Elenco: Saídas Pontuais e a Fase de Vegetti

Dois atletas que entraram em campo no segundo tempo daquele confronto crucial no Morumbi já não fazem mais parte do elenco : Loide Augusto e Alex Teixeira. O atacante angolano, após uma passagem discreta por São Januário, viu suas chances diminuírem drasticamente após a Copa de Clubes. A diretoria concretizou seu empréstimo de um ano, com opção de compra, ao Rizespor, da Turquia. Sua passagem pelo Vasco totalizou 18 jogos, sem contribuições diretas em gols.

Alex Teixeira, por sua vez, teve sua rescisão de contrato amigavelmente formalizada no início de setembro, sem deixar um legado de grandes atuações. Sua mais recente estada na Colina Histórica encerrou-se com 27 partidas, mas apenas um único jogo registrou participações em gols: contra o Atlético-GO, na 36ª rodada do Brasileirão de 2024, quando marcou um gol e concedeu uma assistência.

Apesar de ter sido o autor do terceiro gol na vitória contra o São Paulo no Morumbi, Vegetti enfrentou um período de intensa contestação após o recesso para a Copa do Mundo de Clubes. O atacante argentino acumulou performances aquém do esperado e atravessou uma inusitada seca de oito partidas sem balançar as redes, o mais longo jejum desde sua chegada a São Januário.

Tal declínio de rendimento resultou na perda de sua posição como titular para Andrés Gómez. A sequência no banco de reservas teve início no confronto contra o Fortaleza, onde não foi acionado. Posteriormente, no clássico contra o Fluminense, Vegetti só entrou nos minutos finais, com o placar já favorável ao Vasco por 2 a 0. A chance de retornar ao time inicial surgiu diante do Bragantino, beneficiado pela ausência de Rayan, que estava lesionado. Naquele jogo em Bragança Paulista, Vegetti teve uma noite de redenção, marcando dois gols na vitória por 3 a 0. Contudo, a expectativa aponta para seu retorno ao banco de reservas, considerando a volta de Rayan aos treinamentos normais durante a semana.

Vasco e São Paulo se preparam para seu reencontro neste domingo, às 20h30 (horário de Brasília), em São Januário, em partida válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, um palco onde as transformações vascaínas serão postas à prova mais uma vez.

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