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Ex-Botafogo, Renato Paiva Expõe Gestão Textor e Euforia Pós-PSG: "Dia Mais Feliz da Vida"

Por Redação FutVitória em 19/12/2025 06:34

Renato Paiva, sem clube desde setembro após uma breve e intensa passagem pelo Fortaleza, concedeu uma entrevista bombástica ao jornal português "A Bola", onde não poupou críticas veladas à gestão de John Textor no Botafogo. O treinador português, que esteve à frente do clube carioca, detalhou sua experiência e a peculiar dinâmica de poder que presenciou, ao mesmo tempo em que exaltou o ambiente de trabalho com os atletas e funcionários.

Abordando a natureza da liderança de Textor, Paiva descreveu um modelo de gestão centralizado e singular. "No Botafogo, por exemplo, é uma pessoa que manda e decide sozinha, é dono e não quer saber," afirmou, traçando um paralelo com outras experiências em clubes brasileiros. O técnico optou por não emitir juízos diretos sobre o empresário, preferindo que as ações e a comunicação do próprio Textor falassem por si.

Apesar das ressalvas sobre a gestão, Paiva fez questão de enaltecer o período. "Entendo a sua pergunta (sobre a relação com Textor), mas eu não preciso de falar sobre John Textor porque ele fala por si próprio. Tudo aquilo que faz e diz é claro e, depois, quem está no meio, julga. A sua comunicação define-o. Dessa passagem, preferia dizer que trabalhei num clube absolutamente fantástico, com um grupo de jogadores único, cuja empatia e sinergia eram totais e absolutas. E com um apoio absurdo e uma identificação total com as pessoas com quem trabalhei no meu dia a dia," declarou o técnico, destacando a conexão com o elenco e a equipe de apoio.

A Reconstrução e o Desempenho no Glorioso

Paiva contextualizou sua chegada ao Botafogo, revelando um cenário desafiador. A equipe, que havia conquistado a Libertadores e o Brasileirão, encontrava-se "completamente dilacerada, com 12 saídas." O treinador mencionou ainda que "Houve algumas contratações que não resultaram, também por falta de paciência e de tempo," mas enfatizou que, apesar das adversidades, o trabalho evoluiu de forma significativa sob seu comando.

O técnico português detalhou o desempenho do time antes do torneio internacional, indicando uma fase de forte crescimento. "Ainda hoje nos relacionamos no Rio de Janeiro. Encontrei uma equipa que vinha de ser campeã da Libertadores e do Brasileirão, mas completamente dilacerada, com 12 saídas. Houve algumas contratações que não resultaram, também por falta de paciência e de tempo, e acabamos por ir de menos a mais. Quando embarcamos no avião para irmos para o Mundial de Clubes, em junho, tínhamos 13 jogos sem perder, oito vitórias, dois empates e um deles com este Flamengo, no Maracanã, e duas derrotas, com o Bahia e com o Capital, pela Copa do Brasil, na qual jogamos com uma equipa secundária." Ele ressaltou que a equipe estava a seis pontos do Flamengo no campeonato nacional, ostentava a segunda melhor defesa e seguia viva na Libertadores e na Copa do Brasil.

O Triunfo Épico contra o PSG e a Reação de Textor

O ponto alto da passagem de Paiva pelo Botafogo, e um dos momentos mais celebrados na história recente do clube, ocorreu no Mundial de Clubes. Enfrentando um "grupo da morte" com potências como PSG e Atlético Madrid, o cenário era de ceticismo, com muitos prevendo goleadas. No entanto, o Botafogo surpreendeu. "Vamos para os EUA a seis pontos do Flamengo, com a segunda melhor defesa do campeonato, vivos na Libertadores e na Copa do Brasil. Perante ao grupo que tínhamos no Mundial, com PSG e Atlético Madrid, dizia-se que veríamos se não seríamos goleados. Estávamos no grupo da morte. Ganhamos o Seattle, o PSG e tínhamos de perder por três com o Atlético Madrid para sermos eliminados. Perdemos por um e no último minuto," relembrou o treinador.

A vitória sobre o campeão europeu Paris Saint-Germain, em particular, tornou-se um marco histórico. Paiva descreveu a reação de John Textor a esse feito, que considerou um "balizador" de seu trabalho impactante. "Hoje diz-se no Brasil que a vitória mais emblemática do Botafogo foi essa com o PSG. Aliás, esse senhor disse-me na cara que era o dia mais feliz da vida dele. Deu-me, inclusivamente, um beijo em público. Eu do Botafogo fico com isto. Os números falam por nós, as ações do senhor falam por ele," citou Paiva, revelando a euforia do proprietário do clube diante do triunfo inesperado.

O Futuro de Renato Paiva: Inquietação e Novas Oportunidades

Desde que encerrou sua trajetória no Fortaleza em setembro, Renato Paiva expressa uma profunda inquietação longe dos gramados. O técnico revelou que a inatividade o afeta diretamente. "Treinar. A minha vida passa por isto. A minha esposa sabe e diz-me várias vezes, com razão, que eu fico insuportável quando não trabalho," confessou, evidenciando sua paixão pela profissão.

Paiva também indicou que oportunidades de trabalho surgiram, mencionando ter sido procurado para assumir o comando de uma seleção sul-americana e não negando conversas com a Universidad de Chile. A busca por um novo desafio é evidente, refletindo a paixão inabalável do treinador português pelo futebol e sua vontade de retornar à ativa.

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